O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, esteve em Porto Alegre nesta sexta-feira (25) para o anúncio da liberação de R$ 106 milhões para obras contra enchentes. Após o evento, concedeu uma rápida entrevista.Em pouco mais de três minutos, falou sobre a reforma política, o parlamentarismo e comentou as últimas declarações do presidente Michel Temer que, em entrevista ao SBT, na quinta-feira (24), afirmou que conversa “com quem e onde quiser”.
– Na medida em que (o presidente Temer) atende onde estiver todas as pessoas que o procuram, acho que é mais transparência. Seria menos transparente se não atendesse (...) Tem que compreender que ele é um homem vindo do Parlamento e é acostumado a falar no restaurante, na sua casa, no gabinete, em todos os lugares, e continua assim – destacou.
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A falta de registros oficiais em algumas reuniões que Temer fez no Palácio do Jaburu, residência utilizada por ele, também não preocupa Padilha. De acordo com o chefe da Casa Civil, isso acontece porque alguns compromissos são marcados sem tempo hábil.
– Tem a agenda, que é conhecida de todos, e quem o procura fora da agenda ele tem atendido também.
Fora da agenda, o presidente se encontrou nos últimos meses com a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge; com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes; com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; com o senador Aécio Neves; e com um dos donos da JBS, Joesley Batista.
Popularidade
Em pronunciamento durante o evento, pouco antes da entrevista, Padilha também comentou a baixa popularidade do presidente Temer. Antes, porém, destacou a retomada da geração de empregos, a inflação menor e a queda da taxa básica de juros.
– (Temer) Não tem se preocupado com os índices de popularidade. A popularidade vem se a economia estiver bem.
A linha das declarações de Padilha em relação ao presidente Michel Temer foi seguida pelo deputado federal Darcisio Perondi (PMDB) e pelos ministros do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, e das Cidades, Bruno Araújo.