O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), começou na manhã desta quarta-feira (5), uma reunião com coordenadores de bancadas para discutir o rito de apreciação da denúncia contra o presidente Michel Temer. Enquanto os governistas pregam uma tramitação acelerada, a oposição não tem pressa e pede a oitiva de testemunhas do caso.
Pouco antes do início da reunião, Pacheco sinalizou com a possibilidade de apresentação do relatório na próxima segunda-feira (10). No mesmo dia, haveria sustentação oral da defesa em plenário da comissão. Contando com o pedido de vista no mesmo dia, a votação do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) na CCJ aconteceria na quarta-feira (12), o que permitiria a votação no plenário da Câmara na outra sexta-feira (14).
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A oposição reclama e diz que gostaria, inclusive, de ouvir o presidente Michel Temer.
– Aqui não vai ser via expressa para o arquivo. Nós não vamos deixar – disse o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).
O parlamentar sustenta que não se pode privilegiar o cumprimento do prazo em detrimento da qualidade do relatório, por isso seria imprescindível em sua avaliação a oitiva de todas as testemunhas e da acusação, no caso, a Procuradoria Geral da República (PGR).
Os governistas têm pressa e já admitem preocupação com o placar na CCJ. O vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), reconhece que não há votos suficientes entre os membros da própria base aliada, em especial do PSDB.
– Temos problema de seis votos da base – afirmou.