Política

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Em momento de protagonismo na Câmara, DEM cogita fusão 

Partido voltou aos holofotes com Rodrigo Maia, após 13 anos em fase de encolhimento

Estadão Conteúdo

Após 13 anos na oposição e em fase de encolhimento, o DEM vive, atualmente, um momento de ascensão na política nacional com o protagonismo exercido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ao voltar a fazer parte do núcleo do governo depois do impeachment de Dilma Rousseff e com chances de encurtar o caminho até a Presidência da República, o partido trabalha para aumentar a sua bancada no Congresso e não descarta uma fusão com outras siglas para aumentar sua influência no país.

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A fusão entre partidos seria o caminho mais fácil para que os deputados pudessem mudar de legenda, já que a legislação vigente prevê a perda do mandato ao parlamentar que trocar de partido. Como a próxima janela para esse tipo de mudança seria só em março, não está descartada a apresentação de um projeto para antecipar este período durante a votação da reforma política, prevista para acontecer até outubro.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou que, atualmente, a chance de fusão com outros partidos é "zero", mas admite que há conversas avançadas especialmente com quadros do PSB mais próximos ao governo do presidente Michel Temer e da agenda de reformas, como os líderes do partido no Congresso senador Fernando Bezerra (PE) e a deputada Tereza Cristina (MS), além dos deputados Heráclito Fortes (PI) e Danilo Forte (CE).

Danilo Forte, no entanto, confirma que há um grupo de diferentes partidos articulando um movimento que pode vir a se tornar uma nova sigla para disputar as eleições de 2018.

– Lá na frente, a gente pode aproveitar uma sigla que estão nesse movimento ou criar um novo partido. Eu espero que esse debate amadureça durante o recesso parlamentar, inclusive iremos fazer algumas conversas em alguns estados – disse Forte.

O presidente licenciado do PSD, ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações Gilberto Kassab, também afirma que se o Congresso aprovar a cláusula de desempenho e a proibição de coligações nas eleições proporcionais, "é mais do que natural que os partidos se preparem para fusões, em especial, os partidos médios".

– O PSD, ao avaliar eventuais fusões, irá procurar partidos que tenham semelhança programática. Alguns partidos preenchem esse pré-requisito, entre eles o DEM, por conta de ser o partido de origem da maioria de seus integrantes e da excelente relação entre os filiados de ambas as agremiações – disse Kassab.

Já para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a junção do partido com outras legendas está completamente descartada. Siqueira é da ala do PSB que defende o desembarque do governo Temer. Ele, no entanto, reconhece que há deputados descontentes que podem vir a deixar a sigla.

– Não tem o menor fundamento um partido de esquerda se juntar com um partido de direita. Isso seria esdrúxulo – disse Siqueira.

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