Diferente da avaliação do perito contratado pelo jornal Folha de S.Paulo, que identificou pelo menos 50 cortes na gravação realizada pelo dono da JBS Joesley Batista com o presidente Michel Temer, a rádio CBN aponta, com base em seus registros, que é possível determinar que o áudio não sofreu edição.
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Ao chegar ao encontro, Joesley tinha o rádio do carro sintonizado na CBN e ouvia uma reportagem. Ao deixar o Jaburu, o aparelho continuava ligado e transmitia o quadro "Nos Acréscimos" que, naquele dia, foi ao ar as 23h08min. Segundo o locutor Milton Jung (ouça aqui), o tempo entre a reportagem e o quadro totaliza 38 minutos, assim como o tempo da conversa entre Joesley e Temer.
Ao jornal O Globo, o advogado Francisco de Assis e Silva, que coordenou a delação dos donos da JBS, negou que tenha havido qualquer edição no áudio entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) e que, mesmo estando "malfeita", por se tratar de uma gravação amadora, não sofreu manipulação.