O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse nesta segunda-feira que a nomeação de uma ré da Operação Lava-Jato, Solange Almeida, para seu secretariado não gera qualquer embaraço.
– É uma pessoa que trabalha comigo dentro da Associação de Prefeitos, que eu já tinha chamado desde que era vice-governador. Quanto à questão de estar respondendo a processo, eu também estou. Assim como eu, ela tem o direito de se defender. Enquanto não está condenada, pode ajudar muito na administração – afirmou o governador.
Leia mais
PGR pede arquivamento de investigação contra governador do Rio na Lava-Jato
Pezão sanciona lei que autoriza privatização da companhia de saneamento do Rio
Moro manda Pezão escolher um dia para depor como testemunha de Cabral
Ex-deputada federal pelo PMDB e ex-prefeita do município fluminense de Rio Bonito, Solange, que é aliada do ex-presidente da Câmara dos Deputados, o também peemedebista Eduardo Cunha, foi escolhida secretária estadual de Apoio à Mulher e ao Idoso.
Preso desde outubro do ano passado, Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões de contratos de compra de navios-sonda para operar em países da costa da àfrica. Solange foi denunciada junto com ele por ter assinado dois requerimentos de informações às empresas envolvidas, supostamente a mando do deputado, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. O objetivo seria facilitar o pagamento das propinas, travado por conta de problemas jurídicos nos contratos.
– A gente não pode sair criminalizando todo mundo; se não, não sobra ninguém. Ela é ré, mas já teve dois votos a seu favor. Fiz a nomeação com muita tranquilidade – ratificou Pezão, ressaltando que a nova secretaria não irá onerar o Estado, em crise fiscal, pelo fato de sua criação ter sido precedida de ajustes.
Ele também frisou não ter vínculos com Cunha.
*Agência Brasil