Aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados sem as contrapartidas previstas no plano de recuperação fiscal, a renegociação da dívida dos Estados poderá ser vetada pelo presidente Michel Temer. Segundo informações do site G1, a possibilidade cresceu na noite desta terça-feira após encontro entre o presidente e os ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, Dyogo Oliveira, do Planejamento, e Eliseu Padilha, da Casa Civil.
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais seriam mais beneficiados pela proposta de socorro aos Estados em calamidade financeira. No caso gaúcho, representaria um fôlego de R$ 8,7 bilhões nos próximos três anos, segundo cálculo da Secretaria da Fazenda.
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Antes do possível veto, Temer pretende conversar com alguns governadores sobre os impactos da medida. A não inclusão de contrapartidas mais rígidas, indicadas pelo Planalto, que constavam inicialmente na proposta enviada à Câmara é o principal motivo do possível veto presidencial.
Se a ação de Temer contra a proposta se confirmar, o governo deverá enviar novo projeto de lei sobre o tema, com as medidas excluídas pelos deputados.