Mesmo com a possibilidade de ser alvo de panelaços, o presidente Michel Temer estuda formas de divulgar uma mensagem de fim de ano com o balanço dos sete meses de gestão e com sinalizações de que continuará empenhado em ter uma marca para o seu trabalho em 2017.
O mais provável é que Temer faça um pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio, mas ainda há assessores que resistem à convocação da rede nacional. No Palácio do Planalto, há quem defenda que o formato seja outro, como um café com jornalistas ou uma entrevista coletiva.
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A ideia, de acordo com auxiliares do presidente, é destacar as medidas aprovadas pelo governo – como a PEC do teto de gastos – e também ressaltar a importância da reforma da Previdência e Trabalhista, que ainda não foi enviada ao Congresso, mas que pode sair por meio de medida provisória.
Temer deve ainda falar um pouco das projeções para o futuro e destacar que o governo seguirá trabalhando para adotar medidas buscando a retomada do crescimento.
Aliados do presidente tentam minimizar a possibilidade de panelaços ou reações contrárias ao presidente durante o pronunciamento e dizem que o peemedebista "não está preocupado com a baixa popularidade", como têm mostrado recentes pesquisas divulgadas.
Na sexta-feira, durante cerimônia de comemoração do Natal com crianças da Escola Rural Boa Vista, de Sobradinho, cidade-satélite do Distrito Federal, Temer disse que poderia "ficar comodamente instalado nas mordomias da Presidência e nada patrocinar".
Com isso, afirmou, "não teria embates, nem controvérsias, nem contestações e seguiria tranquilo seu caminho".
– O caminho certo, que estamos todos trilhando, nem sempre é o mais popular. Nossa responsabilidade não é buscar aplausos imediatos. Nossa missão não é buscar aprovação a qualquer preço. Nosso compromisso é desatar os nós que têm comprometido nosso crescimento econômico – declarou.
PSDB
Na segunda-feira, Temer recebeu o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), para, segundo fontes do Palácio do Planalto, fazer mais um aceno e destacar a disposição do governo em trazer o PSDB para as discussões internas e assegurar a manutenção do apoio do partido ao governo federal.
Os dois também conversaram a respeito da votação do projeto da renegociação das dívidas dos Estados, com votação prevista para esta semana. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também foi recebido por Temer no fim da tarde desta segunda, conversou na semana passada com senadores do PSDB para agradecer o apoio na votação da PEC do Teto e tentar garantir o aval do partido às medidas do governo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.