Correção: no início da Operação Métis, investigadores informaram que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) era um dos alvos. Depois, a Polícia Federal esclareceu que o investigado era Edison Lobão Filho (PMDB-MA), que é ex-senador e filho do senador. A informação errada permaneceu no ar entre as 12h44min do dia 21/10/2016 e as 14h31min do dia 22/10/2016, quando foi corrigida.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou, nesta sexta-feira, que as investigações que levaram à prisão de policiais legislativos apontam que os servidores extrapolaram o limite de sua competência.
– O que as investigações levaram à conclusão, e isso referendado pelo Ministério Público, com ordem judicial, é que, em tese, alguns servidores da polícia do Senado realizaram uma série de atividades direcionadas à obstrução da Justiça. Em tese, eles extrapolaram o que seria de sua competência – disse Moraes, após participar de cerimônia de lançamento de um novo sistema eletrônico de inquéritos da Polícia Federal, em Brasília.
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A PF prendeu, na manhã desta sexta-feira, quatro policiais legislativos, incluindo o diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Carvalho, sob a acusação de terem retirado escutas telefônicas de aparelhos em imóveis particulares e funcionais ligados a senadores investigados na Operação Lava-Jato – Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fernando Collor (PTC-AL) – além dos ex-senadores Edison Lobão Filho (PMDB-MA) e José Sarney (PMDB-AP).
Pela manhã, Moraes, que participou de cerimônia em comemoração ao Dia do Aviador, na Base Aérea de Brasília, na qual o presidente Michel Temer estava presente, disse que a Policia Federal "simplesmente cumpriu ordem judicial" ao executar as buscas e apreensões no Senado Federal.
Segundo Moraes, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, lhe telefonou "no início da manhã informando que haveria uma operação", sem detalhar se ele falou que tipo de operação seria realizada e onde ela seria feita.
*Estadão Conteúdo