Correção: no início da Operação Métis, investigadores informaram que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) era um dos alvos. Depois, a Polícia Federal esclareceu que o investigado era Edison Lobão Filho (PMDB-MA), que é ex-senador e filho do senador. A informação errada permaneceu no ar entre as 12h44min do dia 21/10/2016 e as 14h25min do dia 22/10/2016, quando foi corrigida.
A Advocacia do Senado prepara uma resposta jurídica para a ação que prendeu quatro policiais legislativos em caráter temporário. O Senado deve entrar com uma ação jurídica contra a Polícia Federal, que suspeita de tentativa de obstrução nas investigações da Operação Lava-Jato.
Em ações anteriores dos policiais federais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a criticar publicamente o fato de a Polícia Federal ter feito diligências sem o acompanhamento da Polícia Legislativa da Casa.
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Métis para desarticular associação criminosa armada responsável por embaraçar a Operação Lava Jato e outras investigações da PF. A ação tem o apoio do Ministério Público Federal e mira servidores da Polícia Legislativa do Senado.
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Quatro policiais legislativos foram presos temporariamente, incluindo o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho. Ele e os subordinados foram pegos em ações de contrainteligência para ajudar senadores que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os agentes da PF deixaram o prédio do Senado por volta das 11h. Eles estavam na Secretaria da Polícia Legislativa da Casa desde as 6h. Os agentes saíram do local com malas que ocuparam todo o bagageiro de uma das cinco viaturas que fizeram buscas no Senado no período da manhã.
Varreduras
Segundo a Polícia Federal, os policiais legislativos presos teriam feito varreduras com o objetivo de retirar escutas telefônicas de imóveis particulares e funcionais ligados a três senadores e um ex-congressista investigados na Operação Lava-Jato, entre eles Edison Lobão Filho (PMDB-MA) e Gleisi Hoffmann (PT-PR). A informação, que deu origem à Operação Métis, partiu de um policial que fez acordo de delação premiada.
O agente afirmou a investigadores que, em quatro ocasiões, equipamentos do Senado foram usados para rastrear escutas em imóveis particulares e funcionais ligados a três senadores e um ex-parlamentar investigados na Lava Jato. As investigações correm em sigilo.
O objetivo, segundo as declarações do colaborador, era fazer a chamada contrainteligência: localizar e destruir eventuais sistemas de escuta telefônica e ambiental. Em pelo menos duas ocasiões, as ações ocorreram em São Luís (MA), terra de Lobão Filho, e Curitiba (PR), cidade de origem de Gleisi.