O presidente em exercício durante a viagem de Michel Temer à China, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Estadão, que haverá repercussão da decisão do ministro Ricardo Lewandowski em fatiar o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado Federal, com a votação em separado do seu afastamento definitivo e a inabilitação da petista para o exercício de funções públicas.
– A questão em discussão é se a decisão de Lewandowski influencia outros julgamentos – disse Maia, evitando falar diretamente sobre o processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em curso no parlamento.
Maia disse que no momento está concentrado "na interinidade" da Presidência da República e não tratou do assunto com a direção da Câmara dos Deputados.
– A única questão que poderá ser colocada será de fato se vota preposição ou parecer, a questão jurídica ficou aberta. Se for preposição, abre a possibilidade de suprimir ou apresentar emendas para mudar a pena – comentou Maia na entrevista.
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Ele frisou que discutirá o assunto somente após reassumir o comanda da Câmara, no dia 7 de setembro.
– Ainda não analisei. A questão em discussão é se a decisão do ministro Lewandowski influencia qualquer outro julgamento.
O presidente em exercício Rodrigo Maia (DEM-RJ) reforçou que o processo de Cunha será votado no dia 12 de setembro.
– Acho que vai ter quórum elevado. Cada deputado vai tomar uma decisão como achar legal. A data está marcada e o julgamento será feito. – afirmou.