Com o debate entre acusação e defesa e os discursos de mais de 50 senadores a partir desta terça-feira, a votação final do processo de impeachment contra Dilma Rousseff deve ocorrer na quarta-feira. Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski avalia concluir as falas até o final da noite, interromper a sessão e convocar a votação para a manhã de quarta.
– Hoje (terça-feira), eu pretendo, impreterivelmente, terminarmos essa fase dos oradores. Se for possível, mas creio que o tempo não permitirá, faríamos o julgamento hoje. Creio que o julgamento terá de ficar para amanhã (quarta-feira) – disse o ministro.
A decisão será do magistrado, que comanda o julgamento de Dilma. Lewandowski levará em conta o andamento das discussões e deve conversar com senadores ao longo do dia. Aliados de Michel Temer, que tem pressa para ser efetivado como presidente, tentam convencer colegas a desistir dos discursos. No planejamento do Planalto, Dilma seria cassada na madrugada, Temer tomaria posse no Congresso pela manhã e viajaria à tarde para a China, onde pretende participar da reunião do G-20 no próximo fim de semana.
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Na retomada do julgamento do impeachment, acusação e defesa poderão falar por uma hora e meia cada. São permitidos apartes e há previsão de réplica e tréplica. Encerrado o debate, discursam os senadores. Até a manhã desta terça-feira, 63 parlamentares estavam inscritos. Cada um pode falar por até 10 minutos.