O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside a sessão de pronúncia do impeachment da presidente Dilma Rousseff, apresentou na manhã desta terça-feira as regras para os trabalhos.
Logo no início da reunião, aliados da petista sofreram uma derrota, já que o ministro indicou que a sessão transcorrerá com celeridade.
_ Sessão pode ser um pouco longa, serei rigoroso para contagem dos prazos _, destacou.
Leia mais
AO VIVO: Senado decide se Dilma vai a julgamento em processo de impeachment
Saiba os próximos passos do processo de impeachment de Dilma no Senado
Impeachment de Dilma Rousseff: o calendário e as estratégias dos dois lados
Do total de 81, 44 senadores devem votar contra Dilma, diz jornal
Lewandowski informou que questões de ordem levantadas por senadores serão analisadas em bloco, todas de uma vez. A ideia do PT era levantar pelo menos dez questões de ordem para ganhar tempo na sessão. Com a decisão do ministro, a estratégia se tornará ineficaz.
Ao final da exposição de Lewandowski, senadores aliados de Dilma, como Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), cobraram a análise das questões de ordem separadamente.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), pediu que o presidente do STF mantivesse a votação em bloco. Para o tucano, a prática de aliados de Dilma tem por objetivo apenas "procrastinar" o andamento do processo.
Com a perspectiva de uma sessão longa, o ministro reiterou que será "rigoroso para a contagem dos prazos". Ele informou também que não serão permitidos apartes em discursos de parlamentares e não haverá uso de palavra pelas lideranças partidárias.