A presidente afastada Dilma Rousseff decidiu que irá ao Senado fazer a própria defesa no processo do impeachment. O julgamento da petista, acusada de crime de responsabilidade, está marcado para começar no próximo dia 25.
A garantia da ida de Dilma ao Senado é do ex-ministro Miguel Rossetto, que passou a semana com a presidente em Brasília, traçando a estratégia para a reta final do processo que pode cassar o mandato da petista. Segundo Rossetto, a data usada como referência para a o discurso de Dilma é 29 de agosto.
– A presidente falará aos senadores e ao país. Ela vai defender a Constituição e a democracia. Ela reafirmará que não há crime de responsabilidade e defenderá a necessidade, diante da crise política, de ouvir a população sobre os rumos do país – afirma Rossetto.
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Na tribuna do Senado, Dilma deve reforçar o compromisso de, em caso de absolvição no impeachment, convocar um plebiscito sobre a realização de novas eleições presidenciais. A petista ainda trabalha na redação de uma carta aos brasileiros, que pode ser lançada até a próxima semana.
Rossetto é favorável a que a palavra golpe seja utilizada no texto e nas demais mensagens, por escrito ou em vídeo, que a presidente enviará. Dilma planeja, ao menos, a participação em dois atos de mobilização antes do início do julgamento, um em Brasília e outro em São Paulo.