Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (23), o Partido dos Trabalhadores (PT) se manifestou a respeito da operação Custo Brasil - desdobramento da 18ª fase da Lava Jato, que apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015. Os repasses irregulares eram feitos a pessoas ligadas a funcionários públicos e a agentes públicos vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Entre os presos na manhã de hoje, está o ex-ministro Paulo Bernardo. Além dele, há um mandado de prisão expedido contra o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira. Já Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência da presidente afastada Dilma Rousseff, foi alvo de mandado de condução coercitiva.
No documento, o PT classifica como "midiática" e "desnecessária" a operação da Polícia Federal na sede nacional do partido - onde agentes realizaram buscas por mais de sete horas. A legenda também afirma que há uma "tentativa renovada" de criminalizar a sigla.
Confira a nota na íntegra:
Nota Oficial do PT
O Partido dos Trabalhadores condena a desnecessária, midiática, busca e apreensão realizada na sede nacional de São Paulo.
Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT.
A respeito das acusações assacadas contra filiados do partido, é preciso que lhes sejam assegurados o amplo direito de defesa e o princípio da presunção de inocência.
O PT, que nada tem a esconder, sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.
São Paulo, 23 de junho de 2016.
Comissão Executiva Nacional do PT