Apresentada na terça-feira como a nova gestora da Secretaria de Políticas para Mulheres, a ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) publicou uma nota no Facebook esclarecendo que seu posicionamento pessoal contrário ao aborto "não vai afetar o debate de qualquer questão". Além disso, Fátima defende que "a mulher vítima de estupro que optar pela interrupção da gravidez deve ter total apoio do Estado, direito hoje já garantido por lei".
Em entrevista à editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus, publicada três anos atrás, Fátima afirma que, até 2002, defendia a descriminalização do aborto e não via a família como um projeto de Deus. Depois disso, porém, "conheceu Jesus" e passou a dizer que "o direito de viver tem que ser dado para todos".
Leia mais
Senado aprova pena maior para crime de estupro coletivo
Após estupro coletivo, Temer se reúne com secretários de segurança
Temer reage contra desgaste prematuro do governo
Em um discurso proferido na Câmara durante discussão do Estatuto do Nascituro, em 2010, a nova secretária do governo de Michel Temer contou que ela própria foi gerada a partir de um "abuso" que a mãe sofreu enquanto estava presa "por crime passional".
– Hoje, estou aqui podendo dizer que a vida começa na hora da concepção, sim – afirmou, referindo-se ao fato de que, se sua mãe tivesse feito um aborto, "ela não estaria aqui hoje".
Sobre sua mudança de posicionamento, afirmou ter sido "curada".
*ZH com informações do Estadão Conteúdo