A expressiva derrota do governo na votação que determinou o afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias, até que o Senado conclua o processo de impeachment, pode ser filtrada de diversas maneiras. Uma delas é o peso que cada partido, Estado e bancada tiveram no resultado histórico, que acabou com 55 votos a favor e 22 contrários.
Oito dos 17 partidos representados votaram em bloco pelo impeachment. Entre eles, estão siglas que tomaram a linha de frente dos holofotes desde o início do processo, como o DEM, o PSDB e o PP. Do outro lado, três partidos disseram não, integralmente, ao afastamento de Dilma: PT, PC do B e Rede.
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O PMDB, partido de Michel Temer e de Eduardo Cunha – que perdeu o mandato de deputado e presidente da Câmara por decisão do STF –, não atingiu 100% de votos a favor do impeachment. Os senadores João Alberto Souza (MA) e Roberto Requião (PR) foram contra a medida. Houve uma abstenção, a do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e duas ausências, as de Eduardo Braga (AM) e Jader Barbalho (PA). Outros cinco partidos ficaram divididos.
A bancada governista teve dois votos a favor do impeachment de Dilma, ao contrário da oposição, que conseguiu sim de 16 senadores, a totalidade representada. Dos 10 votos da bancada socialista, seis foram a favor do afastamento e quatro foram contra.
Nos Estados, o que se viu foi praticamente um retrato do resultados das eleições. As regiões Norte e Nordeste concentraram a maioria dos votos contrários ao impeachment. Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram grande participação no resultado.
Abaixo, confira as informações em infográfico: