Das 32 mil urnas eletrônicas necessárias para as eleições no ano que vem, 2 mil precisam ser trocadas no Rio Grande do Sul. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o Estado teria condições de organizar o pleito, mesmo que se confirme a previsão da Justiça Eleitoral de que o processo seja feito de maneira manual.
A alegação do TSE é que o contingenciamento do governo federal afeta na aquisição de urnas, o que inviabilizaria a eleição eletrônica.
O secretário de tecnologia da informação do TRE-RS, Daniel Wobeto, explica que boa parte das urnas é reutilizada, e a troca é necessária para os equipamentos mais antigos. No caso do Estado, as 2 mil que precisam de troca são de 2004, ainda sem o leitor biométrico.
Não é possível, no entanto, dizer que o Rio Grande do Sul terá eleições eletrônicas no ano que vem. “O TSE, ao fazer essa afirmação de que a eleição está inviabilizada, deve estar olhando para o panorama nacional e deve ter chegado à conclusão de que fica muito difícil fazer votação eletrônica sem a troca de urnas”, afirmou Wobeto.
O secretário do TRE também explicou o custo dos equipamentos e o reflexo da alta do dólar. Segundo Wobeto, as últimas urnas compradas custaram R$ 1,2 mil cada. Já as novas, custam mais do que o dobro: R$ 2,5 mil. As urnas são fabricadas no Brasil, mas os componentes são importados.