O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) já definiu quem serão os três médicos oncologistas que farão parte da junta médica que realizará perícia no ex-deputado Roberto Jefferson.
O cirurgião Rafael Albagli, especialista em cirurgia abdômino-pélvica, e os oncologistas Carlos José Andrade e Cristiano Guedes Duque serão responsáveis por elaborar um laudo indicando se o ex-deputado condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão tem condições de cumprir pena no presídio, ou se deverá ser encaminhado à prisão domiciliar ou hospitalar. As indicações partiram do vice-diretor do Inca, Reinaldo Rondinelli, acatando a determinação do presidente do STF e relator da Ação Penal 470 (o processo do mensalão), ministro Joaquim Barbosa.
O comunicado oficial da solicitação da perícia chegou ao instituto às 20h da última sexta-feira, informou a assessoria do instituto, e tinha um prazo de até 24 horas para a resposta com a nomeação da equipe. A perícia ainda não tem data para ocorrer, pois depende de uma decisão da Secretaria do Judiciário, informou o Inca.
Jefferson, delator do mensalão, foi condenado a 7 anos e 14 dias de reclusão e multa de R$ 740 mil em valores não atualizados, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Sua condenação já transitou em julgado, ou seja, dela não cabem mais recursos. Como foi submetido a uma cirurgia para remoção de um tumor no pâncreas em agosto do ano passado, as condições de saúde do ex-deputado ainda inspiram cuidados médicos. Por isso, Barbosa solicitou a perícia, para averiguar se, para o adequado tratamento de Jefferson, é necessário que ele permaneça em sua residência ou internado. Durante o processo, o ex-deputado já havia solicitado autorização para cumprir a pena em regime domiciliar.