O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), classificou seu encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (3), como "positivo". Segundo Alckmin, que é coordenador da transição de governo, Bolsonaro reiterou o que foi dito pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo ministro da Secretaria de Governo, Eduardo Ramos, sobre a disposição em repassar todas as informações para que a transição seja pautada pelo "interesse público".
O vice-presidente eleito ainda relatou que o convite para falar com Bolsonaro foi feito pelo presidente quando já estava de saída do Palácio do Planalto, onde se encontrou com ministros.
— Foi positivo, o presidente reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o ministro Ramos, da disposição do governo federal de prestar todas as informações, colaborações para que se tenha, aí, uma transição pautada pelo interesse público — disse Alckmin à imprensa após reunião no Tribunal de Contas da União (TCU).
Questionado se Bolsonaro havia o parabenizado pela vitória, Alckmin desconversou.
— O presidente fala depois o teor da conversa, mas foi resumo reiterado dos compromissos da transição, pautada pela transparência, continuidade, previsibilidade — relatou.
O vice-presidente eleito afirmou também que a reunião no TCU foi "proveitosa", e que a Corte de Contas terá um papel importante na transição. Alckmin foi à Corte acompanhado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, do ex-ministro Aloizio Mercadante, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e do senador Paulo Rocha (PT-PA).
Por parte do TCU, estavam presentes os ministros Bruno Dantas, presidente em exercício do TCU, Vital do Rêgo, Antônio Anastasia e Jorge Oliveira, que formam o comitê de acompanhamento do processo de transição de governo. Mais cedo, o mesmo grupo de ministros da Corte se encontrou com equipe de Bolsonaro, em reunião que contou com a presença dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Questionado, Alckmin afirmou que a reunião não tratou da chamada PEC da Transição, pela qual o governo eleito pretende obter autorização para ter despesas além do teto de gastos em 2023.