
Após reunião com os representantes do governo Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse que a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve uma conversa "proveitosa e objetiva" com os atuais ministros. Alckmin também confirmou que os partidos da coligação indicarão nomes para participar da equipe de transição. Conforme a lei, podem ser nomeadas até 50 pessoas.
— A transição começou. Agora, é fazê-la da melhor maneira possível — afirmou, nesta quinta-feira (3).
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, também participou da reunião e, de acordo com Alckmin, cumprimentou a equipe, deu parabéns à campanha lulista pela vitória e se colocou à disposição para o período de transição. Além do vice-presidente eleito, participaram do encontro a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e o ex-ministro Aloizio Mercadante.
Alckmin disse que entregou informações ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
— O objetivo é ter todas as informações e nos preparamos para a posse — completou.
Na coletiva após a reunião, Alckmin afirmou que o direito de ir e vir da população brasileira "é sagrado" e questionou quem será responsabilizado por eventuais prejuízos causados pelos bloqueios nas estradas que estão sendo feitos por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições.
— Quem vai pagar prejuízos? Quem será responsabilizado? — afirmou. — Nossa tarefa é unir o Brasil e trabalhar por uma agenda de propostas — completou.
O vice-presidente eleito também acrescentou que, no domingo (6), Lula volta da Bahia, e que reuniões de trabalho estão previstas para segunda-feira (7).
— A partir de segunda-feira, depois de reunião com Lula, a gente começa a divulgar nomes da transição — disse.
Também no próximo dia 7, começarão os trabalhos da equipe de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Estava prevista a visita da equipe ao prédio nesta quinta-feira, mas, de acordo com o vice-presidente eleito, isso ocorrerá na sexta (4).
Depois de encerrar a entrevista, Alckmin pegou novamente o elevador que leva aos gabinetes ministeriais e da Presidência. Depois, o chefe de gabinete da Presidência da República, Pedro César Sousa, o acompanhou até a saída do Palácio do Planalto, de onde seguiria para o Tribunal de Contas da União (TCU) com Gleisi e Mercadante.