O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse não ter recebido nenhuma contestação ao resultado da votação neste domingo, que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao segundo turno. Moraes buscou desvincular a discrepância do resultado das urnas às pesquisas de opinião feitas ao longo da corrida presidencial. Alguns levantamentos apontavam possibilidade de vitória do petista em primeiro turno.
— Quem deve explicar discrepância de resultados de pesquisas são os institutos. (...) Apenas registramos as pesquisas, não temos nenhum outro envolvimento — afirmou Moraes. Também disse que a Justiça Eleitoral não se vincula a pesquisas, mas ao voto dos eleitores.
Moraes disse acreditar que o "acirramento das candidaturas no 2º turno será político", afirmando ainda não crer que os ataques à Justiça Eleitoral se intensifiquem no 2º turno.
— A era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado — afirmou.
O presidente do TSE deu uma coletiva à imprensa no final da noite cercado das principais autoridades de Brasília, numa espécie de blindagem à Corte, que tem sido atacada cada dia com mais intensidade por Bolsonaro, numa tentativa de desacreditar o processo eleitoral.
O ministro falou ainda sobre as ações do tribunal no combate às fake news e do "discurso de ódio" e destacou ainda que as "Forças Armadas foram convidadas a serem fiscalizadoras como inúmeras instituições".
Questionado, Moraes também afirmou que a "proibição de armas nas eleições permanecerá" e reforçou que "não há necessidade de ir votar armado".
Sobre as filas nos locais de votação, ele disse que "seria prematuro pedir para eleitor mudar seus horários de votação" para evitar a questão.