Após o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se entregar à Polícia Federal (PF), na noite deste domingo (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a prisão, foi às redes sociais para afirmar ser "inadmissível qualquer agressão contra os policiais".
Pela manhã, ao resistir à primeira ordem de prisão emitida por Moraes, Jefferson disparou tiros de fuzil e arremessou uma granada contra a equipe policial que cumpria o mandado, ferindo dois policiais federais.
"Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram covardemente feridos", afirmou Moraes.
Na postagem, o ministro ainda parabenizou o trabalho da PF. "Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras", escreveu.
Em sua decisão de mandar Jefferson de volta ao regime fechado — atualmente ele estava em prisão domiciliar, desde janeiro, com o uso de tornozeleira eletrônica —, Moraes elencou ao menos seis episódios ocorridos nos últimos três meses em que o ex-deputado teria afrontado as condições de cumprimento da prisão domiciliar.
Ao despachar nova ordem de prisão contra Jefferson, Moraes afirmou que, ao atirar nos agentes, a conduta do ex-deputado pode configurar, em tese, duplo crime de tentativa de homicídio.