Correção: o ministro da Justiça, Anderson Torres, comandou as negociações para a rendição do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) da cidade de Juiz de Fora (MG), e não presencialmente na casa do petebista, como publicado entre 18h27min e 21h deste domingo, 23 de outubro de 2022.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, comandou as negociações para a rendição do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, a cerca de 51 quilômetros da casa do petebista em Levy Gasparian, no sul do Estado do Rio de Janeiro. Ao Estadão, o ministro confirmou que não esteve na casa do político.
Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, proibiu Torres de seguir para o condomínio de Jefferson, palco de um enfrentamento com os agentes da Polícia Federal no início da tarde deste domingo (23).
Participaram da negociação para convencer Jefferson a se entregar Padre Kelmon, que foi candidato a presidente pelo PTB, e o Pastor Gamonar, que formou a chapa como candidato a vice. Eles convenceram Jefferson a entregar as armas à polícia.
Em ataque que deixou dois feridos, Jefferson reagiu com tiros e granada à ação de agentes da Polícia Federal (PF) que cumpriam mandado de prisão emitido pelo STF para que ele retorne ao regime fechado — o ex-deputado cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. As informações são de O Globo.
De acordo com a PF, a equipe foi reforçada, e os policiais permaneceram no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial. Grupos da divisão antissequestro com negociadores, esquadrão antibombas e policiais com grupamento de operações com cães também estiveram no local, assim como agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na decisão em que manda Jefferson de volta à prisão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou busca e apreensão de documentos, celulares, tablets e quaisquer outros dispositivos eletrônicos na residência do ex-deputado. O ministro o proíbe ainda de conceder entrevistas e receber visitas no presídio, inclusive de familiares, a não ser com autorização judicial.