Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que disputarão o segundo turno das eleições presidenciais em 30 de outubro, estão totalmente dedicados a fortalecer as suas candidaturas. Por isso, nesta quarta-feira (5), ambos dedicaram o dia a firmar alianças na busca por votos.
Lula e Bolsonaro se encontraram com lideranças políticas que declararam apoio aos candidatos. Confira, a seguir, como foi a quarta-feira dos dois concorrentes ao Planalto — na ordem de preferência dos eleitores na votação de domingo (2).
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Na tarde desta quarta-feira, o petista costurou novos apoios para o segundo turno das eleições, em São Paulo. Em um primeiro momento, Lula, ao lado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), almoçou com a senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no pleito do dia 2. Ela, logo em seguida, declarou apoio ao ex-presidente. Lula ainda conversou com o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), que declarou apoio ao petista.
O ex-presidente participou de uma coletiva de imprensa com o presidente do PDT, Carlos Lupi, para falar sobre o apoio da legenda — e do candidato da mesma, Ciro Gomes — ao petista. Na ocasião, Lupi e Lula relembraram o líder trabalhista Leonel Brizola e a história comum dos dois partidos dentro do trabalhismo. Lula ainda disse conhecer bem Ciro Gomes, que foi seu ministro, e destacou que, durante uma disputa eleitoral, às vezes, os candidatos fazem "coisa que a gente não faz na vida normal".
— Acho que o PDT e o Ciro valem muito mais do que os votos que tiveram. Vale pela história, pelo compromisso, pela luta, pelas coisas que já fizeram pelo Brasil — afirmou o petista.
Depois, o candidato reuniu lideranças de 19 Estados, além do Distrito Federal — foram sete governadores e 16 senadores, incluindo de siglas que não compõem a aliança lulista, como PSD e MDB, que se mantiveram neutros, e PP, que está com Bolsonaro. Havia ainda três governadores e cinco senadores eleitos no último domingo (2).
No encontro, os políticos elencaram os desafios da nova rodada das eleições. Segundo alguns dos participantes, um dos maiores problemas foi a abstenção de eleitores.
Jair Bolsonaro (PL)
No Palácio da Alvorada, o candidato à reeleição recebeu aliados da atual e da próxima legislaturas, com o objetivo de fortalecer a sua campanha no segundo turno. Os primeiros encontros do dia foram com os governadores reeleitos Ratinho Jr. (PSD- PR) e Ibaneis Rocha (MDB-DF), além de parlamentares da bancada agropecuarista.
Depois, Bolsonaro se encontrou com a senadora eleita pelo Distrito Federal e ex-ministra Damares Alves (Republicanos), a ex-ministra Tereza Cristina (PL), o vice em sua chapa de reeleição, Walter Braga Netto, o líder do PL na Câmara, deputado Altineu Cortes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Romário (PL) e o senador Flávio Bolsonaro (PL), um dos coordenadores da campanha do presidente.
— Obviamente, pedi a eles aqui um esforço maior ainda até o dia 30 para conseguir mais pessoas votando na gente, para termos certeza de que o Brasil não sofrerá com retrocesso. Cada vez mais vamos garantir as liberdades individuais — afirmou o presidente, em coletiva de imprensa.
Ainda na coletiva, Bolsonaro afirmou que o Senado seguirá o espectro ideológico:
— Um Senado mais centro-direita, um Senado que aprovará as propostas que interessem ao Brasil com mais agilidade, e nisso teremos uma maior produção legislativa. Todo o Brasil vai ganhar com isso.
No final do dia, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo, na qual confirmou que foi a uma loja maçonica em 2017, conforme vídeos que estão circulando pela internet, mas que esteve no local apenas para conhecer, foi "muito bem recebido" e nunca mais retornou. Ele ainda enfatizou que não tem nada contra os maçons e que é "o presidente de todos". O candidato ainda usou o espaço para levantar dúvidas sobre as urnas eletrônicas.