A candidata do PSB ao Senado pelo Rio Grande do Sul, Sanny Figueiredo, afirmou, nesta segunda-feira (12), que não pretende ampliar o seu potencial eleitoral capturando eleitores que atualmente se identificam com outros candidatos. Sanny foi entrevistada no programa Timeline, da Rádio Gaúcha, que ouviu os candidatos ao Senado pelo Estado nas últimas duas semanas.
— Na realidade, o que pretendemos não é tirar (voto) de alguém. A gente não constrói muros, a gente destrói muros para construir pontes. Eu respeito toda a caminhada ao Senado do candidato Olívio (Dutra, do PT), respeito muito o Galo Missioneiro, assim como respeito todas as candidaturas.
PT e PSB são aliados na disputa pela Presidência da República. No Estado, as legendas tentaram construir aliança, mas, sem sucesso, acabaram lançando candidaturas próprias ao Piratini e ao Senado.
— Eu sou a concretização da política pública afirmativa. Sou cria de escola de periferia, escola pública, fiz o Enem, fiz o ProUni, fiz uma universidade, então a gente representa toda a camada gaúcha. Não quero tirar votos do Olívio, da Ana Amélia, cada pessoa tem a sua caminhada — reforçou.
Sanny foi alçada à candidata do PSB ao Senado após o nome originalmente registrado pelo partido ter desistido da eleição. Airto Ferronato, alegando falta de repasse de verbas para a campanha por parte da direção nacional do PSB, abriu mão da disputa, abrindo espaço para a sua primeira suplente.
Sanny ressalta que, com a troca, o PSB entra para a história do Rio Grande do Sul ao lançar ao Senado uma mulher negra:
— O partido teve que refazer toda essa caminhada. E isso é um ato de coragem. Com isso, o partido entra para a história lançando a primeira candidata ao Senado negra pelo Rio Grande do Sul.
A candidata socialista admitiu que são limitados os repasses de dinheiro do PSB para a candidatura ao Senado pelo Estado, por conta de uma estratégia de fortalecer as campanhas a deputado estadual e federal:
— De fato, a gente está trabalhando em uma campanha franciscana. Veio (dinheiro do diretório nacional) pela cota de mulheres que o PSB tem. Temos 30% do fundo para candidaturas femininas. Só que o que foi tirado no congresso (do partido) é que potencializaríamos as candidaturas a deputados federais e estaduais.
Ouça a entrevista na íntegra: