Ao ser sabatinado por jornalistas nesta sexta-feira (9), o ex-presidente e candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comentou a crescente violência, acompanhada de mortes, que permeia o pleito deste ano. Conforme o presidenciável, o acirramento nunca se refletiu dessa forma:
— No final, espero que estejam todos os brasileiros vivos, e nenhum morto ou ferido.
Lula diz lembrar de apenas um caso de assassinato, em 1989, quando foi adversário de Fernando Collor de Mello, e que teria ocorrido em Caxias do Sul.
— Uma sociedade civilizada não precisa ter isso. Um ou outro caso solitário, mas isso está virando rotina — lamentou o candidato.
O petista citou o caso dele e do candidato à vice-presidência, Geraldo Alckmin (PSB), que já foi seu adversário anteriormente.
— Estávamos em partidos diferentes e falávamos mal um do outro. Mas na hora que temos que pensar o país, estamos juntos — destacou, apontando para Alckmin, que participava da sabatina, parte da programação da agenda oficial.
"Bolsonaro é pior que o Trump"
Lula partiu para o embate, diante dos jornalistas, e teceu duras críticas ao presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Questionado a respeito de semelhanças nas táticas de Bolsonaro e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou:
— O Bolsonaro é pior que o Trumpo. Ele é mais grosseiro. É menos civilizado. Ele é uma cópia mal feita. Ele tenta copiar o que o Trump faz. Não precisamos de gente assim.
Para o presidenciável, as pessoas estão sendo induzidas a uma "violência exacerbada". Ele citou os decretos presidenciais que facilitaram, nos últimos quatro anos, a compra e venda de armas:
— Ele não faz opção pelo razoável.