Após uma discussão política no Mato Grosso acabar em morte, na última quarta-feira (7), os candidatos à presidência da República repudiaram as ações de violência política que tem ocorrido durante o pleito deste ano.
No caso em questão, Rafael Silva de Oliveira, 22 anos, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), atacou um colega de trabalho, Bendito Cardoso dos Santos, 44, simpatizante da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com golpes de faca e machado, segundo a Polícia Civil.
O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, lamentou a morte de Bendito. Para Ciro, o fato trágico é consequência de uma "guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional".
O crime ocorreu no Dia da Independência, durante os festejos do 7 de setembro, após uma discussão entre os dois em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa, cidade a 1.160 quilômetros da capital Cuiabá, em Mato Grosso.
O ex-presidente petista reagiu com "muita tristeza" ao ocorrido envolvendo o seu eleitor.
A candidata do MDB à presidência da República, Simone Tebet, afirmou que a incitação ao ódio leva à violência, e pediu união ao país.
A presidenciável pelo União Brasil, Soraya Thronicke, apontou que a "adversidade política e partidária" está derramando "sangue alheio".
Rafael Silva de Oliveira confessou ter matado Bendito Cardoso dos Santos e foi preso em flagrante. Nesta sexta-feira (9) a prisão foi convertida em preventiva por decisão judicial. Ele responderá por homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e cruel.