Entidades ligadas à área esportiva pedem ao candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que devolva ao setor o seu status de ministério, retirado pelo presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Conforme informações da Folha de S. Paulo, as solicitações são também para que o petista aumente investimentos na área e faça o reajuste do programa Bolsa Atleta.
As reivindicações foram feitas em pelo menos quatro encontros (remotos ou virtuais), sem a presença de Lula, entre uma equipe com representantes dos diferentes partidos da federação partidária e entidades esportivas nos últimos meses. Estiveram nas conversas, por exemplo, o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico (CPB), o Comitê de Clubes e a Liga Nacional de Basquete.
Nesta terça-feira (27), Lula deve participar diretamente das conversas pela primeira vez. Sua campanha organizou um encontro com o setor em São Paulo — não está prevista, por enquanto, a presença de entidades e confederações. Contudo, há a expectativa de que até torcidas organizadas compareçam.
O ministério foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1995, com status de "extraordinário", e, depois, passou a ser uma pasta junto ao Turismo, em 1998. Foi no primeiro ano do governo petista, em 2003, que o Esporte passou a ter um gabinete exclusivo. O Ministério do Esporte foi um dos primeiros a ser extinto no governo Bolsonaro, sendo rebaixado ao status de secretaria subordinada à Cidadania. Já o Bolsa Atleta foi criado em 2005 e, no atual governo, também sofreu com atraso de repasses.