O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, se apropriou do Sete de Setembro, data em que é comemorado o Dia da Independência do Brasil, e trata a data como se fosse uma questão pessoal.
— Ele, que já disse "as minhas Forças Armadas", agora está dizendo "a minha independência". É triste, mas é isso — criticou.
De acordo com o petista, o Sete de Setembro é uma festa de interesse de 215 milhões de brasileiros. Bolsonaro aposta na data para reunir apoiadores e demonstrar força em um cenário de desvantagem nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto.
— Tem candidato que não faz comício, porque não junta gente. É preciso ter história, ter programa, ter compromisso para poder juntar o povo na rua e discutir com eles — pontuou.
Primeiro turno
Em nova estratégia de campanha, Lula abandonou a tática de poupar críticas aos adversários, além do presidente, e disse que a oposição o ataca porque tem medo de que ele vença no primeiro turno. A fala foi interpretada como uma referência velada ao presidenciável Ciro Gomes (PDT), que tem reiteradamente criticado o ex-presidente.
— Além do candidato a presidente, temos os candidatos da oposição. Sei que às vezes vocês ficam chateados porque a oposição nos ataca. É normal. Eles me atacam porque eles têm medo que eu ganhe no primeiro turno. E não temos que ter vergonha de dizer que quereremos ganhar no primeiro turno. Quem tem 7% ou 8% sonha em chegar a 40% ou 30% para ir a segundo turno? Ora, por que quem tem 45% não pode sonhar apenas com mais 5% e ganhar no primeiro turno? — declarou.
Lula diz estar convencido de que as eleições podem ser definidas no primeiro turno. E também voltou a fazer comparações da realidade atual com o período em que esteve no comando do Executivo.
— Se, por acaso, o povo quiser segundo turno, nós vamos ganhar também no segundo turno. Podem ter certeza absoluta que esse povo sabe a diferença do Brasil do tempo que nós governamos para os tempos de hoje — afirmou.