Pelo menos 112 candidatos ao Congresso nas eleições de outubro já se inscreveram em um projeto que busca divulgar políticos com a ficha limpa, considerados mais competentes e preparados.
Criado a partir da união de movimentos como Fora Corruptos, Grita e Vem Pra Rua (que liderou manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff), o Projeto 200+ defende, entre outros, o fim do foro privilegiado, a prisão após condenação criminal em segunda instância, a redução em dois terços ou mais do fundo eleitoral de financiamento de campanha e o fortalecimento da democracia. O objetivo, como diz o nome, é eleger pelo menos 200 parlamentares, além de marcar os 200 anos de Independência do Brasil.
Até a quinta-feira (11), três candidatos do Rio Grande do Sul haviam se juntado ao projeto. Os nomes só serão divulgados após o dia 16, quando ocorre o início oficial da campanha eleitoral. O movimento se diz apartidário, e os políticos assinam uma carta onde, além das pautas já citadas, comprovam que têm cursos de preparação e atualização política, ou prometem fazê-lo em até seis meses após a posse.
Também afirmam que vão renunciar imediatamente se forem condenados em qualquer instância em processo por corrupção. Em caso de descumprimento de alguma dessas promessas, segundo a carta, o candidato "autoriza que seja dada ampla publicidade e crítica, reconhecendo que a quebra de expectativa e lealdade podem ensejar eventual responsabilização civil e política perante os eleitores".
O movimento também permite que organizações e pessoas se juntem à iniciativa — foram mais de 14 mil assinaturas até então, por meio do site. Uma das fundadoras do 200+, Luciana Alberto afirma que, além de provocar renovação no Congresso, o objetivo é engajar os eleitores para além das urnas.
— Uma das pautas do projeto é que as pessoas também assumam compromisso como cidadão, fazer com que elas entendam que seu papel não é só eleger, mas acompanhar aquele mandato — afirma.
Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas em 200mais.com.