Em ofício assinado pelo titular da pasta, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o Ministério da Defesa solicitou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inclua mais nove integrantes das Forças Armadas no grupo de avaliação do código-fonte das urnas eletrônicas.
A indicação ocorre três dias após o presidente da Corte, Edson Fachin, excluir do processo de fiscalização o coronel Ricardo Sant'Anna, que usou redes sociais para divulgar informações falsas sobre o processo de votação do país.
Além da indicação de militares com conhecimentos em programação para atuar em apoio à Equipe das Forças Armadas de Fiscalização e Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação, o Ministério da Defesa ainda pede que seja estendido o prazo de análise do código-fonte, que terminaria nesta sexta-feira (12).
Na quarta (10), o Exército reclamou oficialmente da expulsão do coronel Sant'Ana dos trabalhos de fiscalização e desistiu de indicar um substituto. Por meio de nota interna, o Exército queixou-se da forma como o TSE conduziu o caso, excluindo o oficial sem consultar o Comando-Geral ou a pasta da Defesa.
No ofício entregue ao TSE, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira escreve que aproveita "a oportunidade para renovar a permanente interlocução deste Ministério com essa Corte Eleitoral, tendo como maior propósito contribuir para fortalecer o processo eleitoral brasileiro".
O código-fonte é um conjunto de 17 milhões de linhas de programação de um software que traz instruções para que o sistema eleitoral funcione. Em ofício classificado como "urgentíssimo" e enviado ao TSE no começo do mês, o ministro da Defesa pediu para as Forças Armadas terem acesso aos códigos-fonte das urnas eletrônicas — o que já está disponível desde outubro do ano passado.