A inserção internacional do Brasil foi um dos temas que o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou no primeiro debate presidencial das eleições na TV com objetivo de diferenciar seu governo da administração Jair Bolsonaro. O encontro entre seis presidenciáveis é realizado na noite deste domingo (28) por um pool de veículos de comunicação: Band, TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.
— O país era respeitado pelo mundo, pelos EUA, Chile, China, Índia, Rússia, União Europeia — apontou Lula.
O ex-presidente complementou que assumiu o Palácio do Planalto em 2003 quando a corrente comercial nacional "não chegava a US$ 100 bilhões" e deixou o poder no inicio de 2011 em um patamar de US$ 500 bilhões.
O contexto global levantado por Lula para ressaltar um dos principais problemas do governo de Bolsonaro com a preservação ambiental, onde houve um avanço do desmatamento em florestas nos últimos três anos. O atual presidente e candidato do PL não respondeu a Lula e preferiu bater na tecla de que o governo do PT "foi o mais corrupto da história do Brasil."
Lula atacou o governo Bolsonaro na questão ambiental e acusou a gestão de incentivar o desmatamento dos biomas. O petista disse ainda que o Brasil é visto internacionalmente como país que "não respeita o meio ambiente".
— O Brasil rompeu acordo com Alemanha e Noruega (sobre redução do desmatamento). Não há nenhum cuidado com a questão ambiental. Temos gente do governo que incentiva (o desmatamento). Tivemos ministro que dizia deixa a boiada passar — afirmou o petista.
Em contraponto à agenda ambiental de Bolsonaro, o ex-presidente destacou ter feito em seus governos acordos internacionais para redução do desmatamento e de emissão de gases do efeito estufa. Ele ainda voltou a fazer acenos ao agronegócio "sério":
— Nenhum empresário sério que conhece a relação da questão ambiental do mundo vai fazer queimada ou destruir os biomas.