O presidente Jair Bolsonaro oficializou sua candidatura à reeleição neste domingo (24), durante convenção do Partido Liberal (PL), no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, seu nome foi aprovado por unanimidade – 204 votos a favor – como o candidato da legenda à Presidência. O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, general Braga Netto disputara as eleições presidenciais como candidato a vice.
Michelle Bolsonaro fez o discurso inicial e permaneceu ao lado do marido durante todo o evento. Já em sua fala, o presidente relembrou os projetos do governo federal durante seu mandato, como a criação do teto do ICMS para combustível e para energia elétrica, acenou ao eleitorado feminino e elogiou a atuação de mulheres que integram pastas do governo.
Também criticou a esquerda, a “ideologia de gênero” e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que seu adversário pretende legalizar o aborto e as drogas no Brasil. Bolsonaro disse ainda, segundo o Estadão, que o governo federal está há três anos e meio sem corrupção e que os “jovens de esquerda” devem fazer uma comparação antes de escolher em quem votar.
— Nós militares juramos dar a vida pela pátria. Todos vocês aqui juraram dar a vida pela sua liberdade. Esse é o nosso Exército, Braga Netto, o povo. Um Exército que não admite corrupção, não admite fraude, quer respeito e vai ter. É um exército com 210 milhões de pessoas. Não ousem tocar na liberdade do meu povo — afirmou Bolsonaro.
Convocação para ir às ruas
Além disso, o presidente convidou seus apoiares para irem às ruas pela última vez, no dia 7 de setembro, e voltou a criticar, de forma indireta, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
— Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez. Vamos às ruas pela última vez. Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Tem que entender que quem faz as leis são o Poder Executivo e o Legislativo. Tem que jogar dentro das quatro linhas da constituição — disse Bolsonaro.