O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) votou por volta do meio-dia deste domingo (29), no Colégio Vera Cruz, em Alto de Pinheiros, zona oeste da cidade. Acompanhado do governador João Dória, o tucano prometeu cumprir os quatro anos de mandato caso seja eleito.
- Quero ser reeleito para entregar o cargo no dia 1º de janeiro de 2025 – disse Covas, que era vice-prefeito e assumiu o comando da prefeitura quando Doria se elegeu governador.
Dória também havia prometido cumprir os quatro anos como prefeito. Perguntado sobre a confiabilidade da urna eletrônica, em razão das críticas do presidente Jair Bolsonaro, Covas disse que o sistema brasileiro é confiável.
- O voto eletrônico elegeu Fernando Henrique, elegeu Lula, elegeu Dilma e elegeu Bolsonaro. Não dá para botar em dúvida um sistema que aprova e elege pessoas de partidos tão distintos – destacou.
Sobre a pandemia, disse que o prefeito que assumir terá um grande desafio pela frente, numa referência aos aumentos de casos e internações em São Paulo.
- É uma felicidade poder chegar aqui nesse momento tendo feito essa campanha limpa, propositiva, falando da cidade de São Paulo como merecem e como querem os eleitores da cidade. É um momento difícil pelo qual a cidade atravessa. A pandemia nos trouxe vários sacrifícios que estão sendo feitos por toda a população, momento de dificuldade no qual coloco à disposição o meu currículo e a minha força de vontade para trabalhar ainda mais pela cidade de São Paulo – concluiu.
Aliados
Mais cedo, o prefeito Bruno Covas acompanhou o voto de aliados políticos. Seu primeiro compromisso foi por volta de 8h30min, quando foi até a residência de Marta Suplicy para depois seguir até o local de votação dela, no Colégio Madre Alix, no bairro Jardim Paulistano.
- Estou muito confiante na vitória. E acredito que, após as eleições, o momento é de união em torno do prefeito Bruno, que saberá conduzir essa cidade no combate à pandemia – disse Marta, que recentemente deixou o Solidariedade, mas que foi prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores, entre 2001 e 2005.
Depois, Covas foi até a casa do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, na Consolação, região central da cidade. De lá, foram caminhando cerca de quatro quadras até o Colégio Sion, onde FHC vota. Perguntado sobre a corrida para a presidência em 2022, o ex-presidente disse ser favorável a uma espécie de frente ampla de partidos para tentar vencer Bolsonaro.
- Sempre defendi que houvesse união entre os partidos. Se for possível fazer uma frente, acho bom. Sou favorável. Se o PSDB encontrar um candidato à altura, acho que pode ganhar a eleição - disse FHC.
Em reposta à GZH se o governador Eduardo Leite poderia ser esse nome, já que Doria é cotado para a disputa, fez elogios ao gaúcho, mas se esquivou de se posicionar sobre um dos dois.
- Vejo com bons olhos. É um homem jovem, tem vontade de fazer coisas. É cedo para saber quem vai ser o candidato, mas acho o Eduardo uma excelente pessoa e um bom candidato. Está demonstrando no Rio Grande do Sul. Agora, no plano nacional, precisamos ver o que vai acontecer – destacou.
Antes de votar, Bruno Covas foi até a casa do governador João Doria, no Jardins. De lá, foram até a Escola Saint Paul’s, que fica próxima. Questionado sobre a importância da possível reeleição de Bruno Covas, Doria disse que não se trata de um projeto pessoal, mas coletivo.
- A reeleição de Bruno Covas na capital de São Paulo é uma reconfirmação de força, eficiência e de aprovação da gestão do PSDB e da gestão de Bruno Covas – disse o governador.
Covas passa a tarde em sua casa e, ao final da eleição, concederá entrevista coletiva no comitê estadual do PSDB.