O É isso mesmo?, mecanismo de checagem de GZH, entra em nova fase nesta segunda-feira (28), com foco na cobertura eleitoral. Para isso, ganha o reforço dos repórteres do Grupo de Investigação da RBS (GDI), que conferem as declarações dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre no primeiro debate da campanha eleitoral, realizado na Rádio Gaúcha.
Participaram do debate, mediado por Daniel Scola, os candidatos Fernanda Melchionna (PSOL), Gustavo Paim (PP), João Derly (Republicanos), José Fortunati (PTB), Juliana Brizola (PDT), Júlio Flores (PSTU), Luiz Delvair (PCO), Manuela D'Ávila (PCdoB), Montserrat Martins (PV), Nelson Marchezan (PSDB), Rodrigo Maroni (PROS), Sebastião Melo (MDB) e Valter Nagelstein (PSD).
Confira, abaixo, declarações checadas pelos jornalistas Carlos Rollsing, Eduardo Matos, Guilherme Justino, Jocimar Farina, Juliana Bublitz, Marcelo Gonzatto e Maria Maurente, com apoio do editor Leandro Brixius.
Sebastião Melo (MDB)
Precisamos regulamentar a lei da liberdade econômica, que está lá na prefeitura e que não foi regulamentada.
Não é bem assim
A Lei da Liberdade Econômica de Porto Alegre — que tem base em norma similar editada pelo governo federal e que, na Capital, partiu dos vereadores Felipe Camozzato (Novo), Mendes Ribeiro (DEM) e Ricardo Gomes (DEM), vice de Melo — foi sancionada pelo prefeito Nelson Marchezan em março deste ano. Até agora, não houve uma regulamentação específica da norma, como disse Melo, mas a prefeitura publicou atos administrativos regulamentadores e instruções normativas internas com adequações à regra. Entre eles, se destacam os decretos nº 20.606, que estabelece o sistema de licenciamento digital, nº 20.542, que cria o habite-se autodeclaratório, e n° 20.613, que trata do licenciamento expresso para empreendimentos de baixo risco.
Sebastião Melo (MDB)
Nós vamos ter uma fiscalização pedagógica. Ninguém vai sair por aí multando como faz o atual governo que (...) arrecadou mais de R$ 80 milhões só no ano passado. E neste ano mais de R$ 65 milhões.
Não é bem assim
De acordo com dados do Detran/RS, informados pela EPTC, foram arrecadados R$ 80,72 milhões com multas no ano passado. Em 2020, foram R$ 45,90 milhões até o mês de agosto (29% abaixo do que Melo afirmou). Portanto, acertou em relação ao ano passado, mas não no dado deste ano.
Em 2020, foram 272,7 mil infrações registradas até 20 de setembro. Já em todo o ano passado, foram 488,2 mil multas. O montante arrecadado leva em consideração não só as multas do ano corrente. Em alguns casos, os proprietários dos veículos recorrem das infrações e elas são pagas meses depois da cobrança ter sido feita. Dessa forma, é comum os valores pagos de multas serem referentes ao ano anterior.
Critérios de classificação
É verdade
A informação está correta e corresponde a dados e estatísticas oficiais.
Não é bem assim
Apenas parte da sentença está correta.
Não procede
O interlocutor está equivocado na informação que afirma.
Regras da de checagem
- Se a variação for de até 10%, para mais ou para menos, a informação é classificada como "É verdade"
- Se a variação for acima de 10% e até 30%, para mais ou para menos, a informação é classificada como "Não é bem assim"
- Se a variação superar 30%, para mais ou para menos, a informação é classificada como "Não procede"
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