A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, chegou à Escola Parque da 313 Sul, em Brasília, para votar por volta das 13h.
Diferentemente do primeiro turno, apesar do clima de tranquilidade no local, além do segurança do TSE que a acompanha, a escolta da ministra foi reforçada por uma policial federal.
Rosa Weber entrou na sala de votação sorridente. Cumprimentou eleitores, mesários e o presidente da seção.
– Festa bonita da democracia, muito bem organizada. Imprensa bonita – disse, quando estava na seção de votação.
Na saída, após votar, perguntada se estava aliviada com o clima de tranquilidade na votação do segundo turno, a presidente do TSE respondeu:
– Dá uma sensação de alegria. Uma festa da democracia. Trabalho realizado, mais um passo.
A ministra fará um balanço das eleições às 20h no TSE.
Histórico
A ministra teve a segurança reforçada após a divulgação de um vídeo, no último dia 22, no YouTube, no qual um homem que se identifica como coronel Carlos Alves se refere a Rosa Weber como "salafrária e corrupta" e critica outros integrantes do STF.
Na gravação, ele faz referência ao dia em que Rosa Weber recebeu integrantes do PT que pediram a aplicação de medidas cautelares urgentes para investigar notícias de que empresas favoráveis ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, estariam pagando por serviços de disparos de mensagens em massa anti-PT e seu candidato à Presidência, Fernando Haddad, via WhatsApp.
– Se ela (Rosa Weber) fosse uma mulher séria, patriota, e se ela não devesse nada a ninguém, ela nem receberia essa cambada no TSE – diz o coronel no vídeo.
Ele ainda afirma que se "você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro por crime eleitoral, vamos derrubar vocês aí sim, porque aí acabou".
Nesta semana, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigasse a conduta do militar.
Na última quinta-feira (24), a Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar o caso.