Vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão votou em uma escola na Vila Militar, em Brasília, na manhã deste domingo (28), onde foi recebido por eleitores vestidos com roupas nas cores verde e amarelo. Ele afirmou que a primeira medida de um eventual governo da sua chapa será ajustar a economia com uma nova reforma da Previdência.
– A decisão será tomada pelo presidente. Na minha avaliação, a (reforma) que está no Congresso hoje já seria um grande passo. O ótimo é inimigo do bom e, se nós temos algo bom, a gente toca esse avião mais para a frente porque ele vai cair no nosso colo. Mas para a frente a gente consegue ajustar de uma forma melhor – disse Mourão, em defesa da proposta feita pelo governo Michel Temer, com votação adiada após dificuldade do Planalto para obter os votos necessários para aprovação.
Ainda na entrevista logo após a votação, Mourão recuou da declaração de que não seria um vice decorativo. Teria uma sala para despachar ao lado de Bolsonaro, caso a chapa saia vencedora das urnas neste domingo (28).
– No final das contas, eu me atrapalhei. Vou ficar onde eu estou mesmo – disse, acrescentando que aguardará a sua missão.
Mourão destacou que, caso eleito, Bolsonaro terá uma base de apoio com 300 deputados e que a ideia é aproveitar a lua de mel para "pregar pregos" e aprovar as medidas necessárias na economia e na segurança em um prazo curto.
– Lua de mel de pobre é curta – justificou.
O militar arriscou o resultado das eleições: 60% para Bolsonaro e 40% para Fernando Haddad (PT).
* Com informações dos jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo.