O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos principais aliados do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e cotado para assumir a Casa Civil em eventual vitória, reafirmou que o presidenciável não participará de debates no segundo turno das eleições 2018 com o presidenciável Fernando Haddad, do PT, e atribuiu a decisão às condições de saúde do deputado.
Sem meias palavras, Lorenzoni disse que uma pessoa que passa por uma colostomia "peida e fede". Bolsonaro passou pelo procedimento cirúrgico após ter levado uma facada em um evento de campanha em setembro. Nesse caso, o paciente tem o seu intestino grosso exteriorizado e acoplada ao paciente.
— Ele não deve ir. Alguém que está há três anos e meio dizendo suas ideias, suas propostas, caminhando pelo Brasil, indo a lugares que vocês (em referência aos jornalistas) não vão, mas ele foi, conquistou tudo que ele conquistou, ele tem que dizer mais o quê? — afirmou Lorenzoni.
O deputado foi questionado sobre o fato de Bolsonaro ter feito uma visita ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro na segunda-feira (15).
— Uma coisa é 20 minutos, outra coisa são duas horas — respondeu.
Sobre a proposta feita pelo PT para que as regras dos debates fossem adaptadas para que Bolsonaro pudesse participar, o deputado afirmou que a discussão sobre a questão é "desumana" e que os debates televisivos atualmente não "resolvem nada".
— Acabou. O jeito normal de se fazer política no Brasil acabou. A saúde deles é prioridade para nós — afirmou.
Lorenzoni reafirmou também que o candidato não fará um governo de "toma lá, dá cá".
— É só não deixar ninguém trocar voto por lugar no governo. Não vamos aparelhar o governo. Isso todo mundo sabe — disse.