O segundo turno para a eleição presidencial no Rio Grande do Sul teve 21 cidades "vira-casaca", onde a população votou majoritariamente em um candidato no primeiro turno, mas trocou de lado no domingo (28). Jair Bolsonaro (PSL) perdeu 17 municípios nas três semanas que separaram as duas votações, enquanto Fernando Haddad (PT) foi preterido em quatro. O militar reformado venceu, no segundo turno, em 407 municípios gaúchos e o petista, em 90.
A cinco maiores mudanças favoreceram o PT. Bolsonaro foi mais prejudicado na região Central, onde houve quatro viradas beneficiando Haddad. A mais expressiva, no entanto foi no Sul, em Arroio Grande. No primeiro turno, o militar reformado havia sido o mais votado dentre os presidenciáveis, com 36,03% da preferência. No domingo, Haddad acabou sendo o favorito, com 55,07% dos votos.
A segunda maior virada contra o presidente eleito foi em Caçapava do Sul. No início de outubro, o militar reformado foi o favorito, com 36,96% do total. Agora, a população optou pelo petista, que recebeu 52,48% dos votos.
Uma das cidades onde houve migração a favor do presidente eleito foi Pontão, no Norte do Estado, onde Bolsonaro venceu por apenas um voto.
Das quatro viradas a favor de Bolsonaro, três foram no Norte do Rio Grande do Sul. O município com maior mudança foi Muliterno, no Norte, onde Haddad tinha 39,42% dos votos e, no segundo turno, Bolsonaro acabou vencendo com 50,34% do total. A segunda maior perda petista foi em Santana da Boa Vista, onde o herdeiro de Lula tinha 40,58% dos votos no primeiro turno, mas Bolsonaro venceu no domingo com 50,71% do total.
No país, apenas um Estado virou a casaca — a favor do petista: no Tocantins, Bolsonaro havia recebido 44,64% dos votos e ficou com 48,98% do total. Haddad, antes, recebera 41,12% da preferência e, no segundo turno, ficou com 51,02%.
Jair Bolsonaro foi eleito presidente com 55,13% dos votos válidos no total. Haddad ficou com 44,87%.
Cidades que "viraram a casaca" de Bolsonaro para Haddad
Vitória das Missões (Missões)
1º turno: Bolsonaro (39,49%)
2º turno: Haddad (51,21%)
São Vicente do Sul (Região Central)
1º turno: Bolsonaro (42,87%)
2º turno: Haddad (20,23%)
São Sepé (Região Central)
1º turno: Bolsonaro (39,47%)
2º turno: Haddad (51,87%)
São Miguel das Missões (Missões)
1º turno: Bolsonaro (42,4%)
2º turno: Haddad (53,08%)
São Francisco de Assis (Serra)
1º turno: Bolsonaro (38,45%)
2º turno: Haddad (51,95%)
São Borja (Fronteira Oeste)
1º turno: Bolsonaro (42,67%)
2º turno: Haddad (50,07%)
Santa Vitória do Palmar (Sul)
1º turno: Bolsonaro (38,12%)
2º turno: Haddad ( 51,33%)
Salto do Jacuí (Noroeste)
1º turno: Bolsonaro (39,97%)
2º turno: Haddad (50,73%)
Rio Pardo (Vale do Rio Pardo)
1º turno: Bolsonaro (40,16%)
2º turno: Haddad (52,01%)
Rio Grande (Sul)
1º turno: Bolsonaro (38,6%)
2º turno: Haddad (53,55%)
Pantano Grande (Vale do Rio Pardo)
1º turno: Bolsonaro (40,06%)
2º turno: Haddad (52,15%)
Júlio de Castilhos (Região Central)
1º turno: Bolsonaro (42,42%)
2º turno: Haddad (50,93%)
Jaboticaba (Norte)
1º turno: Bolsonaro (38,98%)
2º turno: Haddad (50,81%)
Caçapava do Sul (Campanha)
1º turno: Bolsonaro (36,96%)
2º turno: Haddad (52,48%)
Campo Novo (Noroeste)
1º turno: Bolsonaro (42,15%)
2º turno: Haddad (52,13%)
Cacequi (Região Central)
1º turno: Bolsonaro (40,19%)
2º turno: Haddad (53,58%)
Arroio Grande (Sul)
1º turno: Bolsonaro (36,03%)
2º turno: Haddad (55,07%)
Cidades que viraram a casaca de Haddad para Bolsonaro
Santana da Boa Vista (Sul)
1º turno: Haddad (40,58%)
2º turno: Bolsonaro (50,71%)
Pontão (Norte)
1º turno: Haddad (44,31%
2º turno: Bolsonaro (50,02%)
Muliterno (Norte)
1º turno: Haddad (39,42%)
2º turno: Bolsonaro (50,34%)
Floriano Peixoto (Norte)
1º turno: Haddad (43,77%)
2º turno: Bolsonaro (51,26%)