O candidato do PPL à Presidência da República, João Goulart Filho, foi o oitavo entrevistado na série do Gaúcha Atualidade com postulantes ao cargo, nesta quinta-feira (4). Estreante na disputa, o presidenciável falou sobre a memória do pai – o ex-presidente João Goulart, o Jango, que governou o país de 1961 a 1964, quando foi deposto.
— Tivemos 21 anos de ditadura, que não só não escondeu (o legado de Jango) como provocou toda essa história. A memória de Jango, atualmente, foi resgatada na academia, que vem produzindo cada vez mais livros sobre o projeto de nação do governo João Goulart — disse, comentando ainda as “reformas de base” propostas pelo pai na Presidência.
Para o candidato, o país está “estagnado” e enfrenta hoje “um mercado financeiro altamente prejudicial aos trabalhadores”. Segundo João Goulart Filho, há no Brasil um conjunto de reformas que não foram feitas – como a agrária, urbana, tributária, a bancária e a lei de remessa de lucros.
O presidenciável disse ainda que pretende, passada a campanha eleitoral, lançar um segundo livro sobre a vida do pai. A obra vai tratar do legado do ex-presidente, diferente da primeira, intitulada Jango e eu: memórias de um exílio sem volta.
— (O primeiro livro) Tem um recorte temporal muito específico: ele começa no dia 1ª de abril de 64 e termina no dia 6 de dezembro de 76, dia da morte do meu pai. Agora vamos escrever para frente de sua morte, do seu legado. E já tem até um título provisório. Chama-se Jango: a nação que perdemos — adiantou.