No quarto bloco do debate da RBS TV, os candidatos ao governo do Estado debateram temas previamente sorteados pelo mediador, o apresentador Elói Zorzetto. Participam do encontro, Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL). Os nomes foram definidos conforme critério estabelecido pela legislação eleitoral, segundo o qual é obrigatória a participação dos postulantes cujos partidos tenham pelo menos cinco representantes no Congresso. Ficaram de fora Julio Flores (PSTU), Mateus Bandeira (Novo) e Paulo de Oliveira Medeiros (PCO), que teve registro indeferido mas ainda tenta reverter a decisão na Justiça.
Os concorrentes ao Piratini tiveram 30s para fazer seus questionamento e 1min30s para responder. Jairo Jorge abriu a sequência indagando Sartori sobre emprego, primeiro tópico sorteado.
O pedetista lembrou que, nos últimos 24 anos, o MDB teve três mandatos à frente do Piratini, e que em todos eles os impostos aumentaram. Jairo então citou o exemplo de Santa Catarina — onde, de acordo com o candidato, a gasolina é cerca de 37 centavos mais barata por litro — para perguntar a Sartori se seu projeto de recuperação fiscal que prevê manter alíquota de ICMS em 30% até 2023 não vai "matar a economia", prejudicando que novas oportunidades de trabalho sejam abertas.
— Nós achamos que não vamos aumentar tributos. Mas eu devo dizer que na questão de emprego, especificamente, fizemos de tudo nas viagens pelo mundo, buscando investimentos para o Rio Grande do Sul — respondeu o atual governador, que complementou:
— Nós abrimos, inclusive, para micro e pequenos empresários no Banrisul, uma linha de crédito de R$ 1,5 bilhão e atraímos investimentos — disse Sartori, que também citou a questão das licenças ambientais.
Jairo Jorge concordou com o oponente de que deve existir menos burocracia para quem quer empreender, incentivando assim novos investimentos no estado. O pedetista disse que defende a agroindústria.
— A minha meta é gerar mais cinco mil agroindústrias e mais 150 mil empregos no Rio Grande. Temos de desenvolver nosso interior e o Estado de forma harmônica.
No segundo sorteio do quarto bloco, o tema segurança foi colocado em pauta. Rossetto decidiu questionar Robaina sobre o tema. Os candidatos fizeram uma dobradinha para discutir o assunto. O número um da chapa do PT pediu que o postulante do PSOL explanasse sua avaliação sobre segurança pública. Robaina aproveitou a oportunidade para atacar a política do governo Sartori na Segurança:
— Nós temos uma situação muito dramática, obviamente, sobre segurança pública. Nós temos seis assassinatos ao dia. O Sartori diz que está indo no rumo certo. A cada três dias, tem um latrocínio. Em 2017, tivemos mais de 23 mil casos de mulheres com lesão corporal registrados. Ataque à comunidade LGBT. Todo tipo de agressão, inclusive assassinato. É uma situação dramática. Nós temos uma política de segurança pública levada adiante pelo governo, que é uma política de privatização da segurança. Nós achamos isso muito grave.
Rossetto seguiu na mesma linha, atacando as medidas do governo na área:
— A segurança é um caso grave. O atual governo desorganizou a segurança. Afastou quase 5 mil policiais das ruas dos nossos municípios. Essa política é responsável por esse aumento da criminalidade e da violência.
Sartori também escolheu Robaina quando o tema da vez foi "estradas". Ao responder, o concorrente do PSOL voltou à reforçar que é preciso evitar a sonegação de impostos, que, segundo ele, gira em torno de R$ 8 bilhões, para que exista receita suficiente para melhorar as rodovias. Sartori destacou melhorias nas rodovias estaduais no seu governo.
No quarto sorteio, o tópico foi funcionalismo, e Robaina quis saber de Rossetto o que fazer para manter o salário dos servidores em dia. O petista afirmou que uma de suas determinações, se eleito, será ordenar ao secretário da fazenda que quite os vencimentos dos trabalhadores em dia, e que "depois vamos ver o resto". Ao fim do bloco, Eduardo Leite perguntou a Sartori sobre qual sua plataforma para alavancar a Cultura. O emedebista destacou alguns de seus feitos no setor, como a sede própria da Orquestra da OSPA.