O terceiro bloco do debate entre candidatos ao governo do RS, realizado pela RBS TV na noite desta quarta-feira (3), começou com o candidato Eduardo Leite (PSDB) questionando José Ivo Sartori (MDB) sobre o que ele pretende fazer em relação à saúde caso seja reeleito.
— Em função da crise que tivemos, renegociamos com hospitais filantrópicos e todos os setores. Conseguimos criar condições melhores. Tivemos o menor índice de mortalidade infantil da história do Rio Grande do Sul — disse Sartori sobre seus quase quatro anos de governo, também mencionando a diminuição das filas em consultas especializadas.
Leite frisou que saúde é prevenção e falou em implementar mais UPAs. Na tréplica, Sartori retornou a um tema do bloco anterior:
— Rossetto (PT) não fala a verdade. Nunca falamos em privatizar Corsan e Banrisul. Não fica bem para ninguém mentir.
Em seguida, foi a vez de Sartori questionar Leite. Perguntou sobre ele ter se manifestado contra o plebiscito sobre privatizações de três estatais: Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Sulgás. Acusou o tucano de omissão e de ter ficado ao lado do PT no episódio:
— Por que você não quis ouvir a população?
Leite alegou que o atual governador apresentou muito pouco tempo para o debate sobre o plebiscito, ressaltando que seria em ano eleitoral.
— Encurtar o prazo seria temerário para que se formasse uma consciência, um debate, uma boa discussão que este tema exige — explicou o tucano, que questionou o que seria feito com as organizações e seus funcionários. — Para onde vai o dinheiro? Se for para vender para resolver o problema do caixa do governo como senhor fez, vendendo as ações do Banrisul para colocar no custeio da máquina, comigo, não. Aceitamos fazer privatizações desde que seja para resolver os problemas das pessoas.
Sartori rebateu comentando que as privatizações das estatais referidas estavam em discussão desde 2016 e, portanto, teria havido tempo para as discussões. Classificou também a postura de Leite como eleitoreira. O tucano respondeu:
— Com todo respeito, eleitoreira foi a sua posição de instaurar um debate em ano eleitoral.
Depois, Robaina pediu para Sartori comentar sobre a lei de incentivo à segurança do RS. O candidato à reeleição respondeu:
— Isso nos permite que aquele que paga ICMS possa, (com) uma parte dele, colocar novas viaturas, equipamentos, armamentos e dar oportunidades para policiais de toda ordem se colocarem melhor. Foi por isso que colocamos 611 veículos, mas também chamamos gente. Nós colocamos 4,3 mil servidores novos na seguranças e chamamos um novo concurso, e já chamamos mais dois mil soldados da BM.
O candidato do PSOL rebateu:
— Quem paga a banda, escolhe a música. Nós vimos isso nos processos eleitorais, agora na segurança. O problema é que os grupos empresariais é que escolhem a prioridade da segurança pública, para onde vão as viaturas, a polícia. Isso vai provocar um processo de corrupção da polícia. São eles (empresários) que vão decidir onde se investe. Você acha que eles vão pensar nos bairros pobres? Vão pensar nos bairros deles.
Sartori garantiu que seu plano é avançar ainda mais no plano de recuperação fiscal para investir mais na segurança.