O candidato à reeleição como vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli (PSD), indicou, em entrevista ao programa Gaúcha +, nesta quinta-feira (13), que a retomada do pagamento dos salários dos servidores em dia dependerá da retomada do crescimento econômico. Após defender como plano principal de governo a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o candidato foi questionado sobre o tempo que levaria para os salários voltarem a ser pagos na data correta. Em sua resposta, Cairoli afirmou que isso depende da economia e de medidas que equalizem os gastos e a receita.
— Precisamos primeiro adequar a despesa com a receita. Se tiver um crescimento econômico maior do que aquele que a gente imagina, teríamos capacidade de botar o salário em dia. Quais são as prioridades? Primeiro salário, depois saúde. Especificamente, na área da saúde, hospitais filantrópicos e santas casas — projetou Cairoli.
Ao projetar a assinatura do acordo de recuperação fiscal com a União, o candidato também estimou que, se sua chapa for eleita, haverá equilíbrio entre receitas e despesas dentro de “quatro ou cinco anos”. Ele ainda disse que, entre a assinatura do pré-acordo – tentada para este ano – e do acordo efetivo, há margem para mudar “algum detalhe” do termo firmado. As medidas de manutenção do ICMS elevado e privatização das estatais de energia foram defendidas pelo candidato.
Sobre segurança pública, Cairoli destacou o aumentou da população carcerária do Estado. De acordo com ele, na atual gestão subiu de 29 mil para 39 mil o número de presos. Questionado a respeito de medidas de prevenção para evitar que novos jovens sejam atraídos para a criminalidade, Cairoli destacou que, além dos investimentos no Estado, é preciso que o governo federal atue no combate ao tráfico de drogas e de armas.
— Houve uma ação mais forte na área da segurança. Precisamos ter uma preocupação ainda maior em relação à segurança. Não querendo transferir a responsabilidade que é nossa, o grande problema da segurança chama-se contrabando de armas e tráfico de drogas, e isso não é o Estado que faz, é o país, isso é federal. Evidente que precisamos cuidar disso. Da nossa parte, estamos exercitando, com menos recurso, inteligência. No nosso próximo governo, estaremos focados nas áreas principais: saúde, educação, segurança e na área social.