A candidata a vice-governadora Ana Clélia Teixeira pela chapa do PSTU, em entrevista à Rádio Gaúcha na tarde desta quarta-feira (12), defendeu que a melhoria da educação estadual passa, primeiramente, pelo investimento nos salários dos funcionários e professores do Estado. Os recursos para os "investimentos pesados" no setor, segundo ela, existem.
Uma das alternativas apontadas por ela para viabilizar o investimento é acabar com as isenções de impostos para as grandes empresas instaladas no Rio Grande do Sul. Segundo a candidata, em um eventual governo do PSTU, apenas as pequenas empresas terão incentivos do poder público. Outra medida seria a suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União, ainda que isso represente o fim dos repasses federais para o Rio Grande do Sul.
— Os governos que estiveram aí fizeram escolhas que não foram a da classe trabalhadora, fizeram a escolha de governar para os grandes empresários. O Rio Grande do Sul é um Estado muito rico, arrecada muito. Temos dinheiro, sim. Temos que parar de dar isenção para as grandes empresas e cuidar dos pequenos. O Estado tem também quase R$ 15 bilhões por ano de sonegações. É só cobrar! E nós temos uma dívida que já foi paga e repaga. Temos que parar de pagar — projetou.
A candidata a vice na chapa de Julio Flores ainda indicou que o seu governo deve realizar uma reforma agrária que, ela espera, tenha resultado positivo sobre o preço e a qualidade dos alimentos. Ana Clélia ainda estimou que, se a chapa vencer as eleições, todas as decisões de governo serão tomadas junto com os conselhos populares estabelecidos pela população.
Ana Clélia também foi questionada sobre qual a diferença do PSTU em relação aos partidos de esquerda que têm mais sucesso eleitoral. De acordo com ela, esses partidos não são efetivamente de esquerda, uma vez que "defendem o grande capital".
— Os outros têm conciliação de classe, governam para o grande capital. Nós, não. A gente é aquele partido que realmente é de esquerda, que pensa na classe trabalhadora — finalizou.