O candidato a vice-governador pela chapa do Novo, Bruno Miragem, afirmou, nesta terça-feira (11), em entrevista ao programa Gaúcha +, que a solução para o problema financeiro do Rio Grande do Sul passa pela realização de privatizações e pela adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) – proposto pela União. Para Miragem, se essas medidas forem encaminhadas, haverá espaço para investimento em segurança pública – pauta que ele afirma ser prioridade da candidatura.
— Fundamentalmente, (vamos ter recursos) com a adesão ao RRF, que vai nos dar uma folga de três anos nos juros da dívida. Isso vai permitir, equacionando as despesas, contratar, manter esse efetivo, especialmente na Brigada Militar e na Polícia Civil, reorganizando essas despesas. Quando a gente diz que (a segurança) é prioridade, a gente vai ter que cortar em outros lugares.
Defensor do enxugamento do Estado, o político afirma que a chapa ainda não tem uma previsão de quanto o Estado economizaria caso as medidas propostas fossem colocadas em prática. O enxugamento, segundo ele, passa pelas privatizações e por uma reforma da Previdência para civis e militares por meio de articulação política junto ao governo federal.
— A questão do custeio do Estado, na administração direta, tem pouca coisa para enxugar. O Estado tem que reduzir o tamanho, focar em saúde, educação e segurança. Primeiro: privatizações. Segundo aspecto, temos que rever privilégios, situações de grupos organizados e que estão se apropriando do orçamento do Estado. Por exemplo, trabalhando fortemente em uma reforma da Previdência no setor público para que tenhamos uma exigência de uma maior contribuição daqueles que ganham mais. Tem o problema do custeio, que começa com a idade da aposentadoria — defende.
Além da recomposição do efetivo das polícias gaúchas, o candidato diz que a segurança pública precisa de grandes investimentos na construção de presídios e na mudança das leis penais. De acordo com ele, as obras podem ser feitas com recursos federais que estão disponíveis para projetos de casas prisionais. Já na mudança de lei, assunto que cabe ao Congresso Nacional, ele diz que o governo do Estado teria papel de articulador político.