Na segunda entrevista com os candidatos ao governo do Estado no Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (11), Mateus Bandeira (Novo) se disse favorável à realização de parcerias público-privadas (PPP) e concessão de estradas à iniciativa privada, mas reforçou que isso somente será possível se as contas públicas estiverem em dia.
— Obviamente todos sabem que o Estado não tem condições de realizar investimentos com recursos próprios. O único caminho viável no curto e médio prazo são as concessões. Para que a gente possa retomar a credibilidade em relação às PPPs é preciso, primeiro, arrumar a bagunça das contas públicas. Não haverá concessão nem PPPs se não colocarmos a bagunça das contas em ordem. Essa é a tarefa primordial — argumentou, defendendo que o Estado assine o acordo para adesão ao regime de recuperação fiscal nos termos que estão postos pela União.
Entre seus planos para a área da educação, Bandeira disse que pretende, se eleito, começar um projeto-piloto para que o governo do Estado não seja mais dono de escolas, não contrate mais professores e funcionários, tampouco seja responsável por essas aposentadorias. Segundo o candidato, o problema do setor são os sindicatos dos trabalhadores da categoria que, para ele, “defendem os seus interesses e não estão preocupados com a melhoria do aprendizado”.
No lugar do atual modelo, o candidato propõe que o governo do Estado compre vagas em instituições privadas, em uma “espécie de Prouni do ensino básico”. A outra alternativa seriam repassar recursos para que entidades privadas façam a gestão das escolas com total autonomia.
— Defendemos a mudança gradual para outro modelo, onde o Estado cumpra a função de garantir o acesso à educação para quem não pode pagar, mas que não seja dono da escola, que não seja responsável pela contratação e aposentadoria dos educadores. Defendemos a introdução de dois modelos. Um deles é a compra de vagas em escolas de boa qualidade. A segunda medida é a ideia das escolas comunitárias. Onde a gente pega uma escola e seleciona uma entidade para gerir essa escola com recursos públicos. (O objetivo é) Gradualmente terminar com o ensino público estatal.
Sobre a questão da segurança pública, Bandeira disse que é preciso mais rigor policial e investimentos em tecnologia, gestão e processo. O candidato também defendeu investimentos em construção de presídios por meio de PPPs.
Ouça a entrevista completa:
Ordem das próximas entrevistas:
12/09 — Júlio Flores (PSTU)
13/09 — José Ivo Sartori (MDB)
14/09 — Roberto Robaina (PSOL)
17/09 — Jairo Jorge (PDT)
18/09 — Miguel Rossetto (PT)