A candidata a vice-governadora do Rio Grande do Sul pelo PSOL, Professora Camila, defendeu que o governo do Estado deve priorizar o pagamento em dia dos salários do funcionalismo e conceder aumentos para que os professores recebam o piso do magistério. A declaração foi dada em entrevista, nesta sexta-feira (14), ao programa Gaúcha +. Para a candidata, é preciso inverter as prioridades de governo.
— A gente defende o pagamento do piso (nacional dos professores) sem mexer no plano de carreira. O plano de carreira é uma conquista, e qualquer mudança nesse sentido tem que ser feita junto com os servidores, com os professores. Não pode ser uma medida do governo, direto da Assembleia Legislativa — afirmou.
A candidata na chapa de Roberto Robaina também indicou que os médios e grandes empresários não devem ter incentivos fiscais, destinando esses programas para os pequenos produtores. Camila disse acreditar que o fim dos benefícios não faria as grandes empresas trocarem o Rio Grande do Sul por outros Estados:
— A gente acredita que isso não vá ocorrer. As empresas lucram muito aqui. Quando a gente pensa em isenção para as pequenas empresas, pequenos produtores, estamos falando de mais geradores de emprego.
Durante a entrevista, a candidata do PSOL evitou se posicionar sobre o tema do ICMS. Questionada se a chapa, caso vença as eleições, pedirá à Assembleia Legislativa que mantenha as atuais alíquotas de ICMS (que foram aumentadas no início do governo Sartori e voltarão ao patamar normal ao fim deste ano), Camila respondeu que o seu plano de governo propõe ampliar o combate à sonegação fiscal.
Sobre o tema da segurança pública, a candidata apontou que a meta é priorizar o combate, especialmente, aos feminicídios, além de homicídios e latrocínios. De acordo com Professora Camila, a prioridade atual das polícias gaúchas é combater os “pequenos comércios ilegais de drogas”.
A candidata do PSOL aproveitou o espaço para registrar pesar pelo assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, sua correligionária — o crime que completou seis meses nesta sexta-feira (14). Ela cobrou informações sobre “quem mandou matar e quem matou Marielle”, questões ainda não esclarecidas pela polícia fluminense.