De caráter mais pessoal e inspirador, o Instagram é considerado a mais desafiadora das plataformas para se fazer política.
— Não se pode panfletar como se faz no Facebook. Instagram é uma rede de contar história, tem linguagem visual. O Facebook é um muro de lamentações onde se fica balançando a bandeira com um tipo de conteúdo menos qualificado – diz Moriael Paiva, da Ideia Big Data.
Eduardo Leite (PSDB), o mais jovem entre os candidatos ao Piratini, tem mostrado desenvoltura ao utilizar a mídia social de fotos. É o que tem o maior total de interações (32 mil):
— Não surpreende que ele vá bem. É um nativo digital, tem a cultura das redes com ele, então, isso já flui de forma mais natural — afirma Fábio Malini, da Ufes.
No segundo e terceiro lugares em interações entre candidatos ao governo do Estado, o pedetista Jairo Jorge (18,5 mil) e o petista Miguel Rossetto (18,1 mil) dividem aspectos interessantes. Com 3,1 mil seguidores, o ex-ministro engaja quase tanto quanto o ex-prefeito de Canoas, com 27 mil seguidores. Enquanto o perfil de Rossetto mostra exclusivamente imagens de sua agenda de campanha, o pedetista também aposta em cards com promessas, material também usado no Facebook.
Segundo Moriael, os usuários não querem usar o Instagram para debater, por isso a rede social demanda conteúdo mais leve.
O Instagram é de longe a rede mais preterida pelos concorrentes ao Piratini. Três deles postam, em média, menos de uma vez ao dia: Leite, Mateus Bandeira (Novo) e José Ivo Sartori (MDB). Jairo Jorge é o que têm mais frequência (4,5 posts diários, em média).
Entre os presidenciáveis, o canal de fotos é mais prestigiado. Dez dos 13 fazem, em média, mais de três publicações ao dia – exceto Cabo Daciolo, do Patriota (0,4), João Goulart Filho, do PPL (1,1) e Eymael, do DC (0,5). Quem destoa é Guilherme Boulos (PSOL), com média de 15,8 postagens diárias.
— O candidato precisa estar presente no Instagram. Embora o volume de publicação seja menor, o Stories do Instagram gera muita visualização — afirma Malini.