Em campanha no Rio Grande do Sul, o candidato a presidente João Amoêdo (Novo) discursou em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, nesta sexta-feira (28). Ao chegar no restaurante do centro de eventos da Fenac, às 12h52min, foi recebido por cerca de 400 pessoas que gritavam seu nome. Falou ao microfone por cerca de 30 minutos, tempo utilizado para defender a extensão do prazo para o Rio Grande do Sul pagar a dívida com a União e a reforma da Previdência.
Amoêdo disse que a União deve ajudar o Rio Grande do Sul com a renegociação da dívida, mas que o governador precisa ajustar as contas. O candidato descartou perdão ou abatimento no valor.
— O governo deve ajudar na renegociação, não dando desconto, nada disso, mas dando mais prazo para ser quitada. Sempre partindo do pressuposto de termos um governador que faça o dever de casa, que comece a vender a estatais que não precisam existir, que faça o equilíbrio das contas, a reforma da Previdência. Se dermos um auxílio e se, aliado a isso, existir uma boa gestão aqui no Sul, não tenho dúvidas de que o Estado possa ter crescimento.
Sobre a reforma da Previdência, o candidato do Novo afirmou que seria o primeiro item no qual ele mexeria no seu governo:
— É preciso fazer a reforma da Previdência. Caso contrário, a gente vai perder vários outros direitos. Precisamos equilibrar as contas mexendo primeiramente na Previdência — sublinhou.
Ao ser sabatinado por jornalistas, Amoêdo enalteceu o Vale do Sinos como polo calçadista importante para o desenvolvimento do Estado. Disse que o governo precisa investir em infraestrutura para facilitar o escoamento da produção, diminuir a carga tributária e simplificar os processos burocráticos.
— Precisamos dar mais liberdade para o empreendedor e o Rio Grande do Sul é um Estado muito empreendedor, justamente a linha que o Novo defende —comentou.
A gente entende que o cidadão deve ter o direito de receber o 13º, talvez, junto com o salário
JOÃO AMOÊDO (NOVO)
candidato a presidente
Com tempo escasso no horário eleitoral obrigatório — Amoêdo tem cinco segundos de TV — e fora dos debates transmitidos pela televisão, sua campanha é alicerçada nas redes sociais e no corpo a corpo. Para chegar ao segundo turno, a estratégia nesta última semana será intensificar os conteúdos produzidos para a internet. Seus coordenadores de campanha fizeram, inclusive, um abaixo-assinado online solicitando a presença do candidato no debate da Rede Globo, em 4 de outubro, o último no primeiro turno. Às 17h30min, mais de 1 milhão de pessoas haviam assinado digitalmente o documento.
— Estou muito otimista. Primeiro pelo crescimento que tivemos nas redes sociais. E depois, porque os eventos do Novo estão sempre lotados. Muitas pessoas nas ruas nos abordam e dizem que vão votar na gente.
Amoêdo também comentou as críticas feitas pelo candidato a vice de Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, ao 13º salário.
— A gente entende que o cidadão deve ter o direito de receber o 13º, talvez, junto com o salário. De vender férias, se quiser, mas não eliminar isso. É um direito dele, fruto do trabalho.
Sobre o PT, o candidato do partido Novo considerou um partido "horroroso, que não deveria nem existir por toda a maracutaia que fez". Amoêdo seguiu para Passo Fundo no meio da tarde.