A Polícia Federal (PF) investiga se o atentado ao candidato do PSL à presidência da República nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, foi premeditado. O agressor, Adelio Bispo de Oliveira, 40 anos, preso em flagrante logo após desferir uma facada no abdômen do deputado federal, teria seguido os passos do candidato durante caminhada pelo centro de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Bolsonaro havia chegado de carro à cidade por volta das 11h de quinta-feira (6). Depois de um encontro e almoço com autoridades locais, por volta das 15h, ele se deslocou em carreata até a área central de Juiz de Fora. O objetivo era comandar um comício na Praça da Estação, na sacada da Associação Comercial da cidade, que se estenderia até o começo da noite.
Ao se aproximar do Calçadão da Rua Halfeld, Bolsonaro passou a cumprimentar simpatizantes, o chamado corpo-a-corpo, sobre ombros de apoiadores, que se revezavam na condução do candidato. A caminhada durou cerca de 30 minutos, e nesse período Oliveira teria se aproximado de Bolsonaro, ficando grande parte do tempo rodeando o candidato do PSL, até atingi-lo.
De imediato, Oliveira foi agredido e capturado. Mais tarde, foi preso um segundo homem que teria incentivado o atentado. Ele prestou depoimento à PF e foi liberado durante a madruga desta sexta-feira (7). A PF não confirma, mas um terceiro envolvido no caso estaria detido, também sob suspeita de incitar a violência contra Bolsonaro.
Preso em flagrante, Oliveira foi interrogado pelos federais e alegado que agiu "a mando de Deus". Ele está recolhido em uma cela no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora. Por lei, tem de ser ouvido por um juiz em uma audiência de custódia, na presença de um defensor, na qual o magistrado define se homologa ou não a prisão em flagrante.